Essa semana andei pensando em como me tornei dependente do computador. É lógico que a problemática só surgiu por que o meu morreu. Digo morreu por que os computadores vêm sofrendo um processo de humanização cada vez maior. Já fazem parte da família (o meu se chama Bob e é um amor! Você precisa conhecer...)
De repente... me vi sem o Bob. Chocoalhei... fiz massagem cardíaca... e nada. Meu querido Bob se foi...
E agora??? O que será de mim??? Como vou ler meus e-mails? E quanto à agradável e calorosa companhia dos amigos virtuais até de madrugada? E a paciência??? Como é que alguém sobrevive sem a paciência? Você já tentou jogar “manualmente”? Não tem a menor graça! Já estou quase chorando aos pés do falecido...
E pensar que eu confio grande parte da minha vida à essa pilha de fios e placas (desculpa Bob... mas é que o momento era tenso...). As fotos mais legais, os documentos importantes, arquivos da faculdade... e aquele ppt que eu tinha que enviar para 15 pessoas em 24 horas ou seria encalhada pra sempre??? Ah! Minha vida acabou!!! E tudo culpa sua Bob!!!
E depois, quando eu digo que os computadores têm vontade própria e vão dominar o mundo (junto com as baratas, claro...), ninguém acredita em mim!
Já estou começando a tremer... deve ser a crise de abstinência. Estou escrevendo o rascunho deste post em um caderno velho e meus dedos já doem... (deve ser a falta de prática com a caneta...)
Fico imaginando como seria maravilhoso estar digitando isso em um teclado macio, ouvindo meus infinitos mp3 organizados metodicamente em minha pasta pessoal com ícone de estrelinha no desktop...
Ok... respira... repita comigo: “tudo vai ficar bem... tudo vai ficar bem...” ele há de voltar...
Esse post foi escrito em 25/12/06 e se você está lendo é por que eu e o Bob sobrevivemos a mais um momento de tensão... E que Deus abençoe os Bkp’s...