16 março 2009

Astronauta Lírico

Vou viajar contigo essa noite
Conhecer a cidade magnífica
Velha cidade supernova
Vagando no teu passo sideral

Quero alcançar a cúpula mais alta
Avistar da torre a via-láctea
Sumir ao negro das colunas
Resplandecer em lâmpadas de gás

Eu, astronauta lírico em terra
Indo a teu lado, leve, pensativo
A lua que ao te ver parece grata
Me aceita com a forma de um sorriso
Eu, astronauta lírico em terra
Indo a teu lado, leve, pensativo

Quero perder o medo da poesia
Encontrar a métrica e a lágrima
Onde os caminhos se bifurcam
Flanando na miragem de um jardim

Quero sentir o vento das esquinas
Circulando a calma do meu íntimo
Entre a poeira das palavras
Subir na tua voz em espiral

Eu, astronauta lírico em terra
Indo a teu lado, leve, pensativo
A lua que ao te ver parece grata
Me aceita com a forma de um sorriso
Eu, astronauta lírico em terra
Indo a teu lado, leve, pensativo

Vou viajar contigo essa noite
Inventar a cidade magnífica
Desesperar que o dia nasça
Levado em teu abraço sideral

Eu, astronauta lírico em terra
Indo a teu lado, leve, pensativo.

Composição: Vitor Ramil

10 junho 2008

To indo embora...

Olá amigos!!
Sei que sou uma blogueira ausente, mas essa vida de arquiteta não me permite mais tantas produções literárias como antigamente, no entanto nos leva aos lugares mais inesperados...
Isso mesmo, vocês não leram errado, estou indo embora... Nesse domingo, 15/06 pego o avião para Brasília, com a cara e a coragem trabalhar para o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Prometo mandar notícias e estar sempre que possível no msn para os que se interessarem... Sentirei muita falta de todos mas acredito ser uma ótima oportunidade, e não tinha como recusar...
Assim que eu conseguir bater um papo com o Lula eu prometo que conto tudo com detalhes... enquanto isso não acontece eu conto como estou me virando por lá...
Beijos a todos e até qualquer hora!!

Dando uma leve alteradinha na música do Lenine...

"Diga aí... Diga lá! Você já foi à Brasília nega? Não?! Então vá!!!"

02 março 2008

Baseado em fatos reais...

Todos os dias Celina levantava às 5:00 com a mãe e os dois irmãos. Tomava um café ralo com pão amanhecido que ela molhava no café para amolecer. Em meia hora os três filhos estariam prontos para mais um dia ao lado da mãe que catava papel pela cidade para sustentar a família, já que o marido foi embora e não voltou mais. Celina ainda tinha esperanças de que o pai voltasse, ele havia dito naquele dia que só ia dar uma saidinha. Ela só não entendeu por que ele precisava de uma mala para dar só uma saidinha.
O trajeto era sempre o mesmo, cerca de dois quilômetros às margens de uma avenida movimentada, com carros buzinando o tempo todo até o bairro vizinho. Lá as pessoas deixavam separado sacos de papel e plástico para a família. Algumas vezes a coleta do dia enchia o carrinho. Em outras, quase não era suficiente para o pão. De todas as casas pela quais passavam, havia uma preferida para Celina. Uma casa grande, com um muro alto e um imponente portão de ferro. Mas o que encantava a menina era o que existia atrás do portão. Todos os dias quando a empregada abria o portão para entregar os materiais para a mãe, Celina via uma beradinha da piscina que reluzia azul em meio ao quintal. Seus olhos brilhavam ao imaginar a imensidão de água cristalina que haveria ali. Por que a água do rio que passava ao lado de sua casa não era tão azul como aquela? Não era tudo a mesma água?
Naquele dia, quando estavam chegando perto do portão de ferro o coração de Celina começou a bater forte. Alguns instantes após tocarem a campainha a empregada abriu o portão trazendo uma grande sacola de papéis. Mas como havia-se feito uma faxina no escritório ainda havia outra sacola a buscar. Foi quando, inspirada pelo azul da água, uma cabecinha surgiu na fresta do portão que a empregada tinha deixado aberto e disse baixinho “Posso passar a mão na piscina?” A empregada receosa observou se os patrões não estavam por perto e acenou para a menina,” Mas só até que eu vá buscar o outro pacote ok?!”. Celina se aproximou da borda cuidadosamente, e se abaixou para que pudesse tocar a água cristalina.
Era fria... parecia penetrar em sua pele. Fazia ondas com os dedos para vê-las correrem através da superfície da água calma, imaginando como deveria ser maravilhoso banhar-se naquela imensidão cristalina.
Celina! A mãe chama do portão, com o outro pacote de papeis na mão. A menina corre para fora, sorrindo para a empregada e ao passar pelo portão dá uma última olhadinha para trás para que não se esqueça da exata tonalidade do azul daquela água.
Fechando o portão a empregada sorri ao ver a menina que segue saltitando ao lado de um carrinho lotado de papelão.

23 fevereiro 2008

Romântica

Nunca fui fã de novelas. Cinema é minha paixão. Mas admito que ultimamente os seriados americanos têm tomado muito tempo de minha vida. Há alguns dias me dei conta de que estava acompanhando sagradamente nove seriados diferentes, sendo que desses oito se tratavam de investigação criminal, serial killers, eventos sobrenaturais. Entretanto, para confirmar a regra, um dos nove é uma historinha besta, com aquela romance “água com açúcar” que quem me conhece bem sabe que eu detesto. Entretanto me peguei torcendo pelo casal protagonista a ponto de ficar morrendo de raiva quando o mocinho pede outra menina em casamento, e não a mocinha da história. Não que a noiva dele seja má, pelo contrário, ela é ótima, muito bonita, mas a torcida é sempre da mocinha do seriado, claro! Se nem nos seriados de TV os mocinhos podem ficar juntos o que eu faço com a minha esperança de um final feliz? Já me chamaram de romântica, até então nunca tinha me dado conta disso, acho que prefiro esconder essa “fraqueza”, mas que os mocinhos têm que ficar junto no final, isso têm...

06 dezembro 2007


Obrigada...

25 outubro 2007

Vazio

Hoje tudo se foi

Hoje senti o vazio

Hoje encontrei a solidão

Hoje descobri meu maior medo

22 outubro 2007

Expectativas

Chega... Vou embora... Boa sorte pra você, mas eu cansei de viver de expectativas.
Chega de desencontros, de desculpas e ilusões. Vou seguir meu caminho, pois sei que ao menos ele terá menos dor do que enquanto sigo ao seu lado.
Não espere mais compreensão, boas ações, me tire desse pedestal. Nunca fiz questão de ser uma pessoa boa. Não se engane...
Cansei de esperar por sorrisos, por um pouco de atenção, pelo seu amor. O meu amor cansou.
E tudo o que você me ofereceu foram falsas esperanças somadas a abraços sem nenhum significado.
Eu sei, será difícil, mas quantas pessoas já perdi e ainda estou aqui. Leve em conta que ao menos eu nunca tive você. Talvez isso facilite as coisas.
Me deixe com minhas ilusões pois ao menos elas são mais reais que os seus beijos...